Defesa de pai de vítima da Kiss ingressa com recurso contra resultado de 'exceção da verdade'

A defesa de Flávio José da Silva, pai de uma das vítima da tragédia na Boate Kiss, entrou com um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), que não acolheu a "exceção da verdade" pedida por ele em processo por calúnia contra o promotor Ricardo Lozza, de Santa Maria. 

Para juiz, mãe da Kiss não difamou nem caluniou promotor aposentado e filho dele 

O advogado Pedro Barcellos Jr., que defende Flávio, entrou com o pedido após o fim do julgamento, que tramita na 4ª Vara Criminal de Santa Maria. Na sessão, o placar final foi de 20 votos a 2 contra Flávio, que tentava provar que não caluniou o promotor e que falou a verdade ao dizer que o Ministério Público sabia que a Boate Kiss funcionava em situação irregular. 

Logo após a decisão, o MP protocolou, no Fórum de Santa Maria, os dois pedidos de absolvição de pais de vítimas do incêndio da boate Kiss. Um processo envolve o promotor Ricardo Lozza – por calúnia – e o outro os promotores Joel Dutra e Mauricio Trevisan – esse por calúnia e difamação. 

O CASO 

Flávio José da Silva é pai de Andrielle, uma das vítimas do incêndio ocorrido na Boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013. Ele teria dito que o Ministério Público sabia que a boate funcionava em situação irregular, o que gerou o processo de calúnia contra ele movido pelo promotor de Justiça Ricardo Lozza.

TJ mantém júri popular para os quatro réus da tragédia da Kiss

Silva, por sua vez, suscitou Exceção da Verdade, na tentativa de  comprovar que o MP sabia que a casa noturna estava em situação irregular. O pedido dele foi negado, nesta segunda-feira, pela maioria dos desembargadores.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM)